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Suécia

Quando observamos a história do avivamento na Suécia é importante acompanharmos isso através das trajetórias do Oriente Médio e a Europa. A Suécia foi constituída de várias tribos entre elas germânicas e muitas outras que descendem das tribos de Israel. Como por exemplo as tribos de Gade e Dan esse rastreamento foi possível porque se instalaram em muitos lugares da Escandinávia, o que também pode ser observado através do livro “as tribos” de Yair Davidy. O país foi unido em muitos pequenos reinos com uma importante aldeia chamada Estocolmo que futuramente seria a capital do país, mas, com isso leis e tradições foram implantadas e podemos ver que com o decorrer da história de um povo suas raizes vão sendo deixadas. Exemplo disso, os Vikings eram a maior parte dos habitantes da Escandinávia então também implantaram suas crenças e ritos religiosos como adoração a Odin, Thor, Aesir que ficaram conhecidos como ídolos nórdicos, então esses que eram descendentes dos israelitas se espalharam por toda Europa. Mesmo em meio a tudo isso, no século IX um monge francês trouxe a Suécia a fé católica e cristã e no decorrer dos séculos a fé foi sendo distribuída lentamente. Por quase 300 anos a Suécia foi governada por reis e rainhas alguns nativos outros não, debaixo de domínio dinamarquês o que no período trouxe um momento sangrento para a nação. Resumidamente, um homem chamado Gustav Vasa encorajando outros a lutarem enfrentou o rei e vencendo a batalha se tornou o novo rei da Suécia, trazendo consigo alguns benéficos até mesmo para a expansão do evangelho. Olaus Petri, o primeiro reformador sueco, foi nomeado secretário em Estocolmo o que lhe permitiu pregar e ensinar livremente sobre a bíblia. Olaus iniciou a reforma na Suécia no mesmo período que Lutero, e com ajuda de outros homens de Deus traduziram o novo testamento e mais tarde o velho testamento também foi traduzido por eles.

Por um longo tempo reinos foram se passando, a eclosão da grande guerra nórdica foi se estabelecendo, tradições e ritos se renovando até o momento que surgiu um movimento chamado “revivalist”. No século XVIII muitos começaram a questionar o posicionamento da igreja luterana, que se tornou uma instituição extremamente rígida e houveram muitos protestos contra ela. Nesse mesmo período um movimento pietista surgiu, soldados vinham de guerras como da Rússia que tinha contato com esse movimento e foi espalhando pela Europa. Pessoas começaram a se reunir em casas para lerem a bíblia e terem comunhão, mas a igreja estatal foi totalmente contra tornando ilegal a reunião fora da igreja para assuntos religiosos no chamado “Konventikelplakatet”. Muitas pessoas se reuniam escondidas ou imigravam para a América, e nesse período associações como “Baptiskyrkan” (igreja batista) “Missionskyrkan” (igreja missionária) foram sendo estabelecido no país, e foram bem recebidas por pregarem uma vida mais próxima de Jesus e com princípios bíblicos. E então no meio de tudo isso surgiu o movimento “the awakening pentecostal” que foi um movimento avivalista que tinha como principio e objetivo a santidade, foi tido como uma resposta as orações de despertar da nação. Grandes nomes desse movimento como o pregador Barratt, um pastor metodista que foi pioneiro em viagens missionárias enviando e sendo exemplo para jovens pregadores para derramarem avivamento em outras nações como Noruega e Escandinávia. Esse movimento teve influencia americana, africana. Lewi Pethrus um sueco que se tornou um missionário na Noruega e depois de uma noite de oração estava viajando em missão quando foi visitado pelo Espírito Santo foi batizado e começou a falar em línguas. Em um de seus sermões, uma multidão foi batizada no Espírito Santo, e uma das palavras de Barratt que ecoavam na cabeça desse jovem eram, “Se tornaria qualquer coisa por Jesus? Iria em qualquer lugar por ele?” E esse foi um dos homens que incendiou essa nação com o fogo do Espírito Santo.

Todo esse contexto é para dizer que uma nação que possui essa herança em sua descendência, e que viveu toda essa história não pode perder essa essência. Hoje a Suécia esta no ranking de uma das nações mais homossexuais e feministas do mundo, valores da família se perdendo, eles precisam viver de novo o legado que está sobre eles.

Durante o nosso trabalho na Suécia fizemos evangelismo, contactamos pessoas, conhecemos o contexto de igreja que não se difere muito da divisão Luterana e liberais como conta a história, mas, tivemos o privilégio de interceder. Fizemos o que chamamos de prayer walk que é uma intercessão local, fizemos em praças públicas onde sentimos o ambiente e oramos segundo o coração de Deus. Pontos específicos pelos quais oramos foram, pastores e lideres religiosos, valores da família, governo, entre outros. Oramos por uma juventude saudável, que não se corrompem por princípios desse século. Ainda há muito a ser feito, precisamos começar amando essa nação a ponto de nos dispormos a orar, como muitos territórios foram conquistados ao longo da história com força bruta agora precisamos conquistar em oração.

Karoliny Quirino

Posso dizer que esse foi um momento chave da equipe conseguir discernir pessoalmente com o Espírito Santo, digerir literalmente tudo que haviam vivido em Portugal e como fazer de forma eficaz a mesma coisa em um país tão diferente. Como pregar para alguém em outra língua? Como encontrar um ponto em comum para iniciar uma conversa? E para mim o mais importante, Como posso ser útil aqui? Lidar muitas vezes com o sentimento de frustração em um país diferente é um bom sinal no sentindo de dependência do Espírito Santo, esse é ponto em que somos tratados em entendermos que todos são dignos de ouvir sobre jesus, de que o que já sabemos ou o que temos precisa se render a soberania de Deus, que existem momentos que a intercessão é a nossa única arma, de que alguém que já possui visualmente tudo sem Jesus não tem nada. Aprenderam sobre dependência, e principalmente em como discernir a voz de Deus, como amar mesmo quando ouvimos um não. Particularmente foi um momento em que deixei elas discernirem coisas sozinhas, e para mim foi onde pude avaliar tudo que Deus já havia feito nelas, mas, precisavam descobrir sozinhas. Sou grata a Deus por esse tempo, posso dizer que não há nada na vida que pode ser mais soberano em nós do que a soberania de Deus, onde o medo não teve poder paralisar ninguém, projetos pessoais sendo criados, o desejo de alcançar mais pessoas em suas comunidades e igrejas locais, ver Deus mostrando os próximos passos, trazendo incômodos e desconfortos as zonas de cada uma, Deus planeando futuro e criando história com pessoas que achavam que só podiam contar histórias atrás de uma tela. Deus é incrível e tenho certeza que agora existem um grupo preparado e forjado para alcançar mais pessoas e marcarem cada esfera em que forem inseridos. Mulheres que terão ferramentas para avançarem com o reino de Deus, e incendiarem as nações.

Gabi Lobato

Na Suécia nosso time conheceu mais da igreja local, suas demandas e assim caminhamos em muita intercessão. Além de ouvir sobre o local das pessoas, buscamos em Deus as verdades dEle sobre aquele lugar. Pedimos Seu coração pra entender o que Ele queria fazer através de nós como time, o que Ele quer fazer naquela nação, realmente conhecer o coração de Deus sobre o país. Sentimos de orar pelas famílias da Suécia. Entendemos do Senhor de orar pelo papel da família, dentro e fora da igreja. Oramos pelas verdades do Senhor sobre as famílias suecas, por famílias posicionadas nessa verdade e dispostas à não se corromper, vendendo seus princípios, mas realmente seguir o design original do Senhor sobre elas. Intercedemos por famílias que sejam luz, que façam a diferença, influenciando com a cultura do reino em todas as esferas da sociedade. Levantamos um clamor também às lideranças, seja ela política, religiosa, familiar, executiva, etc.., pra que as mesmas sejam abençoadas e que a igreja do Senhor tomasse cada esfera. Foi um tempo muito precioso, tanto em intercessão quanto compartilhando o evangelho de forma simples por onde passávamos. Presenciamos da graça e da bondade do Pai com sua igreja.

Luísa Bolson

Nosso tempo na Suécia esteve muito ligado à intercessão pelo o País e ao compreender o coração de Deus para com aquele povo. A aparência da Suécia evoca estabilidade, organização, tranquilidade e contentamento. Contudo, estivemos em contato frequente com pastores e membros da igreja local que nos explicaram a sua realidade e os desafios pelos quais passavam. Junto a isso, em nossas orações pelas ruas de Malmö, o Espírito Santo nos confirmava diversos pontos de intercessão. Dentre eles temos o aumento da depressão, a grande adesão ideologias contrárias a palavra de Deus e a  falta da estrutura familiar.

Em um contexto histórico, os pastores que nos recepcionaram nos contaram que a Suécia era um país majoritariamente cristão durante o seu principal período de crescimento. Tendo gerado sua base no evangelho. Bases essas que foram perdidas com o tempo deixando apenas a faixada de estabilidade, organização, tranquilidade e contentamento. Assim tendo como um grande ponto de intercessão a reconstrução dos fundamentos daquele povo dentro dos princípios Bíblicos.
 

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Samy Vieira

Um dos questionamentos que mais passou pela minha mente durante a viagem foi "Como falar de Jesus a uma cultura que já tem tudo? Como fazê-los compreender que eles precisam de Jesus?" A Suécia é uma nação linda. Com a melhor educação, condição de vida, cidades lindas, um pensamento coletivo extremamente forte, mas eles não tem Jesus. Cada um vive a sua vida aqui, cuidando demais para não invadir o espaço do próximo, vivem pensando tanto no coletivo que esquecem de olhar para si. Não é por acaso que é um país com um índice tão alto de depressão.

Durante nossos dias conhecendo o lugar tive uma dificuldade bem grande em compreender como nos aproximar dos suecos. Eles são pessoas fáceis de abordar, vão te ouvir se você chegar com educação, mas tão difíceis de realmente abrir o coração. Demorei alguns dias para compreender isso neles, mas tivemos uma abordagem em específico que me marcou muito.

Conversamos com uma menina que estava trabalhando no restaurante onde paramos para comer, entregamos a ela uma palavra que, se encaixava muito com o que estava acontecendo na sua realidade atual, mas, além disso, havia um brilho em seu olhar. Uma esperança de estar sendo vista por alguém, mesmo quando ninguém parecia estar. Oferecemos para orar pelas pessoas do restaurante e fomos embora. Isso não pode ser negado na sociedade sueca, eles podem ter tudo, mas pode ser visto em seus olhos a necessidade, a sede, de que alguém os apresente Jesus. Apresente algo mais, algo que os bens materiais, que a cultura, dinheiro, não podem trazer.

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